Lendo uma reportagem que uma querida amiga (Aline Famá) me trouxe a minha memória uma lembrança gostosa...
Foto: Fabi Santiago
Quando criança passava todos os dias para ir à escola na frente de uma casa antiga, onde havia um pequeno jardim. Neste jardim sempre colorido, diferente de todas as outras casas ao seu redor, havia uma planta que me chamava muito a atenção, sempre perguntava para minha mãe... “Mãe posso pegar uma flor para a professora? ” E ela nunca deixava... (risos). Um dia percebemos que os donos se mudaram e a casa foi colocada à venda, pedi novamente para minha mãe e ela deixou, nossa! Que alegria foi aquele dia, a flor ‘sem nome’ era tão vermelha que vibrava, suas pétalas delicadas ficaram na minha memória...
Sem saber o que o futuro planejava, alguns anos se passaram e meus pais compraram a casa, a mesma da flor vermelha, olha que coincidência! Mas foi necessário demolir a casa que era muito antiga e o jardim se foi também, morei muitos anos na casa nova construída pelos meus pais e o pequeno jardim ficou na memória...
Com o tempo, descobri que a flor era uma Dália vermelha (Dahlia pinnata), hoje lendo a reportagem que minha amiga trouxe vejo que esta flor continua cada vez mais linda, com muitas cores e misturas.
Não há como negar, ela havia sumido dos quintais, mas a delicada beleza das dálias parece estar recuperando seu espaço. Vale a pena dar uma passada na feira de flores do CEAGESP, às terças e sextas-feiras. Lá, produtores exibem suas dálias de cores vivas, algumas mescladas com branco, ou muito suaves, como um leve champanhe ou laranja, mas logo avisam: “elas não duram muito”. E quem se importa? Elas são lindaaaaasss...
Quem sabe não vale a pena ter em seu quintal uma planta como esta, assim fica fácil e divertido montar arranjos sofisticados e românticos em questão de minutos. Pena mesmo eu morar em um apartamento e não poder tê-las, mas quem sabe um dia... Quem sabe um dia...
Foto: Fabi Santiago
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